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O Tratamento
Como são as etapas da recuperação
Plano Terapêutico
O tratamento terapêutico na FAMAR segue rigidamente as orientações da Organização Internacional e da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas – FEBRACT, regulamentadas no Estatuto e no Regimento Interno da associação, que prescrevem todas as etapas deste trabalho, complementadas por Atos Administrativos, instituídos pela Diretoria, conforme as experiências vivenciadas.
O Programa Terapêutico da Fazenda Amar Vida Nova está baseado no Plano de Atendimento Singular – PAS, que tem por objetivo principal a singularização do tratamento de acordo com as particularidades e necessidades de cada acolhido, considerando características individuais (fatores de risco e de proteção), tais como: histórico de vida, nível de gravidade da dependência, características da relação com o consumo de substâncias psicoativas (tempo de uso, principal SPA de abuso, via de consumo), presença de comorbidades, estrutura familiar de origem e de convivência, histórico laboral entre outros.
Pautado no estudo dos 12, o tratamento acontece de forma moral, espiritual e física. A reestruturação dos valores morais acontece por meio de palestras e acompanhamento psicológico. A espiritualidade busca a proximidade com Deus, com o auxílio de grupos de apoio voluntários. Nas atividades laborais os acolhidos aprendem a lidar com cozinha, horticultura, jardinagem entre outros. Em alguns casos o acolhido aprende uma nova profissão durante o tratamento. A pratica da laborterapia reforça o processo de desintoxicação do organismo.
Fases do Tratamento
Fase 1
Nos 03 primeiros meses de acolhimento acontece a adaptação e desintoxicação do acolhido. A abstinência é um dos primeiros objetivos a ser atingido no início do tratamento. Nesta primeira fase objetiva-se também que o acolhido reconheça ser impotente perante o álcool e outras drogas. Neste período o indivíduo deve se auto avaliar e também ser avaliado em relação a sua adaptação a Comunidade; consciência a respeito da doença; motivação para promover mudanças em seu próprio comportamento; disponibilidade para abstinência; aceitação das orientações terapêuticas; cooperação nas atividades laborais.
Fase 2
Entre o 4º e o 6º mês procura-se despertar-lhes novos valores, através da vivência em grupo, atribuindo-lhes responsabilidades nas atividades. Com o sentimento de que pertence e é necessário ao grupo, o acolhido começará a analisar por que se tornou dependente químico, buscando uma solução para o problema;
O dependente químico costuma restringir seu ambiente social e relaciona-se apenas a ambientes que favoreçam o consumo de drogas, além de torna-se muito comum a deterioração de sua relação familiar. É essencial que o indivíduo aprenda a desenvolver vínculos sociais saudáveis e também busque reestruturar sua relação familiar e a modificação de comportamentos de riscos (que possam possibilitar uma recaída). Neste processo de reabilitação, são desenvolvidas atividades com o mesmo que visa estimular o convívio social e familiar saudável e a reflexão sobre sua nova condição como indivíduo, e ainda, desenvolver a consciência e a capacitação ocupacional, neste sentido, um objetivo maior é resgatar a identidade deste acolhido.
Fase 3
Nos três últimos meses (7º, 8º e 9º) ocorre a ressocialização do acolhido. Neste período uma vez ao mês o acolhido regressa a sua casa e após uma semana retorna à Comunidade. É importante que a família se envolva também com o tratamento, acompanhe as reuniões semanais e aprenda como deve receber e acolher o indivíduo neste momento de readaptação na sociedade. Durante esta fase trabalha-se a prevenção de recaídas, pois, é muito comum após o período da internação, a ocorrência de lapsos, portanto faz-se essencial dar suporte psicológico e social no período final de acolhimento. Na reafirmação de sua autoestima, no reconhecimento de seu valor como indivíduo e ser humano e na sua decisão de viver independente de vícios, o acolhido no contato com seus familiares, amigos e sua comunidade aplica-se a apoiar e colaborar na recuperação de outros residentes, chegando a prestar depoimentos íntimos de sua vida antes do acolhimento e após o período de tratamento.
A estreita relação do período de acolhimento com o de uma gestação revela-se apenas simbólico, mas é considerado tempo suficiente para a geração de um novo homem.
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